Gostaria de dividir este assunto complicado e talvez polêmico com professores , profissionais do esporte e estudantes de Educação Física. A postura do Conselho Regional de Educação Física e a tal regulamentação da profissão de Educador Físico, se depara e confronta com o atitude do Conselho em dar uma carteira e liberação do mercado de trabalho a provisionados sem nenhuma limitação de tarefas, poderes e sálarios. Em um país onde a única razão de uma promoção do esporte, acontece em prol de políticos e benefícios escusos, é muito triste que quando exista um Conselho Regional feito para que se defenda os interesses da classe entre outras coisas se permita este tipo de modalidade, e nota-se que não há por parte do conselho, nenhuma preocupação no nível de preparação em que estes "novos profissionais" (provisionados) tem para desenvolver tarefas que são preocupantes a nível de formação corporal infantil, por exemplo.
O que um dono de escola, academia ou agremiação faz quando tem essa opção diante de uma crise financeira ? Recorre a profissionais mais baratos, e muitas vezes estes não tem conhecimento para trabalhar com crianças , adolescentes e até adultos. Haja visto que em academias de menor porte, há uma PADRONIZAÇÃO DE TREINAMENTO, seja para indivíduos magros, com sobrepeso, altos , baixos, mulheres , homens, adolescentes ou adultos, hipertensos e assim por diante, ou seja, o importante é a parte econômica e muitos, mais muitos profissionais da área, formados, com diversos cursos de especialização são preteridos por serem " caros " para determinada empresa e são obrigados a se submeterem a empregos que não promovem um plano de carreira, um crescimento, péssimas remunerações, ou acabam se tornando estátistica por não suportarem esse quadro e abandonam a carreira. Não estou colocando aqui que os provisionados devam se tornar desempregados no dia de amanhã, mais que haja por parte do conselho uma preocupação , não só no aumento de anuidades, pois o Conselho Regional não pode se tornar um clube, onde a importância maior seja a manutenção de seus associados, a manutenção e o aumento do número de anuidades recebidas, e sim o aumento do nível de profissionais que nesta área opera. Não conheço nenhum médico que tenha o CRM de forma que não tenha feito sua faculdade, residências, estágios e cursos, a OAB exige que seus profissionais e candidatos a profissionais sejam submetidos a provas cada vez mais dificeis, mais o que faz o nosso CREF para autorizar profissionais a obter a carteira? Claro que não sou daqueles que pensam por exemplo que no futebol, somente profissionais formados em educação física possam ser técnicos, ou o contrário, acho que tudo na dose certa acrescenta na formação de um bom profissional, não só uma coisa (teoria) e também não só a outra (prática), a junção das duas coisas é muito importante, só penso que os Provisionados precisam no mínimo serem preparados a atuar e que se coloquem em um grau para que auxiliem profissionais que possuem a Formação Acadêmica, principalmente no trabalho com crianças e adolescentes.